Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim.João 14:6
Rádio Rios de Água Viva

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quarta-feira, 5 de abril de 2017

O que Deus quer de nós?

Teólogos e filósofos debatem essa pergunta por séculos. Uma grande parte dos cristãos crê que existe uma lista personalizada, dada por Deus, que serve como uma espécie de guia de como agradá-lo. Também se entende que essa lista imaginária é bastante flexível, podendo variar não só no seu tamanho, como também na sua rigidez. Por exemplo, para alguns, deve-se ir à igreja pelo menos duas vezes por semana, enquanto para outros, apenas em ocasiões especiais, e ainda para outros, congregar nem consta nesta lista. Essa mesma flexibilidade é também observada nas ofertas, leitura da bíblia, oração, músicas, entretenimentos… etc. Cada um possui a sua lista e cada um procura fazer o seu melhor para obedecê-la. Se algo nessa lista começa a incomodar, basta editá-la até que fique aceitável, pois, como já disse, tudo isso é adaptável. Obviamente a implicação é que se a lista é flexível, se os seus itens são adaptáveis à conveniência de cada um, o autor dessa lista, Deus, também o é.
Queridos, vocês já me conhecem e sabem muito bem para onde vou com esse raciocínio. Essa introdução apresenta uma triste realidade. Vemos aí a situação absurda em que tantos dos nossos irmãos se encontram. O fato é que essa lista imaginária tem como autor não o Senhor, mas sim o próprio homem. Esse deus tão popular no mundo cristão não é o Deus das escrituras, mas sim uma figura de ficção, inventada para aplacar a consciência do pecador não arrependido. A realidade é que, não querendo mudar, eles insistem que Deus mudou; na prática, vivem e ensinam o conceito de um criador sem qualquer respaldo bíblico. Pregam um deus que não possui desejo próprio e que aceita qualquer coisa que as suas criaturas queiram oferecer. Tudo é bem-vindo, tudo é recebido com gratidão. Desde que seja dado “de coração”, tudo é aceito com alegria por esse deus que não existe.
A ideia de que o Criador é um Deus que entende a situação e as preferências das suas criaturas; a ideia de que o Senhor apenas quer o melhor que temos a oferecer, não é uma ideia nova, mas na realidade sempre existiu. Um dos primeiros seres humanos, Caim, já possuía a sua lista imaginária quanto àquilo que Deus queria dele. Quando chegou o dia de trazer a sua oferta ao Senhor, ele apresentou aquilo que imaginou agradar a Deus (Gn 4:3); trouxe o fruto do seu suor, ele ofereceu o fruto da terra… o seu melhor. Caim ofertou aquilo que o seu coração determinou, mas o Senhor o recusou (Gn 4:5).
Irmãos, o verdadeiro servo de Deus; aquele que realmente O ama, está continuamente procurando obedecer ao Senhor em absolutamente tudo (Jo 14:15). O servo fiel mantém o seu ouvido atento à voz do seu querido Mestre. A maior alegria do seu coração é quando o Senhor lhe pede por algo, pois, dessa forma pode agradar ao seu amado Criador; não oferecendo aquilo que o coração determina, mas exatamente o que foi pedido (Mt 24:45-47). Esse é o seu prazer, esse é o seu foco.
Amados, o Senhor não se interessa pelo seu melhor. O Senhor não procura uma boa parte do seu tempo; uma boa parte do seu dinheiro; uma boa parte do seu coração; uma boa parte do seu amor. Isso porque a nossa salvação não custou o melhor que Deus tinha; o preço pago por mim e por você não foi uma boa parte do que Deus possuía. Em Jesus, Deus entregou a Si próprio; em Cristo, o Senhor sacrificou tudo (Ro 11:35; Ro 5:10; Jo 10:30). O que Deus quer de nós? Tudo aquilo que temos e somos (Mt 22:37). Aquele que imagina que Deus aceita qualquer coisa que não seja o nosso todo, está adorando a um outro deus. Queridos, já se aproxima o dia. Triste será o fim dos indecisos.

Espero te ver no céu. —Markus DaSilva.